Em meados na década de 80, acompanhado da turma do Jardim de infância, visitei o Zoológico da Quinta da Boa Vista. Quando de volta ao Colégio, inspirados pelo passeio, foi sugerido pela professora Tia Mônica que representássemos o animal que mais gostamos com massinha de modelar. Fiz um pequeno elefante vermelho. Começando pelo tronco em forma de cilindro, adicionei as pernas, o rabinho, a cabeça e, por último, a tromba e as orelhas. Provavelmente não era a primeira vez que modelava um elefante, pois, em casa, passávamos muito tempo brincando com argila com nosso pai. Tia Mônica saiu da sala com o elefantinho e voltou em seguida com o diretor e várias outras professoras que me levaram para uma sala ao lado. Com um monte de massinha na mesa, pediram que eu fizesse novamente o elefante, provavelmente por não acreditarem que aquela modelagem fosse minha. Chorei muito e, obviamente, recusei. Não sei porque essa história não se apagou da minha memória, visto que eu tinha mais ou menos uns quatro anos e hoje não trago nenhum trauma com massinhas nem elefantes. Se eles guardaram esse elefantinho vermelho no Colégio, deve ter a assinatura de Tia Mônica.